O pobre que vende
seu voto pela fome
e não entender
o preço que paga
é perdoavél
Mas que vende seu voto
por puro luxo
por puro status
é condenável
eis aí a pior
das prostituições
e isso é feito
pela nossa dita sociedade
é a que trasforma
tudo em selvageria
Espaço para divulgação de pesquisas, troca de experiências pedagógicas, acadêmicas, Literaura, Músicas, audiovisual e cultura da nossa região ou não...
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sábado, 5 de dezembro de 2009
Reações
Musicas,perfumes,jeitos,gestos
provocam
ruidos
cheiros
movimentos
em nosso corpo
e alma
ligados
a alguém
que perdemos
ou queremos
reações únicas
de desejo,lembranças
como uma brisa
que passa
e arrepia.
provocam
ruidos
cheiros
movimentos
em nosso corpo
e alma
ligados
a alguém
que perdemos
ou queremos
reações únicas
de desejo,lembranças
como uma brisa
que passa
e arrepia.
domingo, 29 de novembro de 2009
Palavras
vc deixou minhas palavras
rolarem pensamento a baixo
e se tornarem uma bola de ofenças
passando por cima dos sentimentos
o corpo inteiro
mas a alma destroçada
o passado forçando
o presente e futuro
e o futuro
é o rio de entendimento
no qual esta bola
vai se derretendo
e se fazendo ponte
entre nós.
rolarem pensamento a baixo
e se tornarem uma bola de ofenças
passando por cima dos sentimentos
o corpo inteiro
mas a alma destroçada
o passado forçando
o presente e futuro
e o futuro
é o rio de entendimento
no qual esta bola
vai se derretendo
e se fazendo ponte
entre nós.
LEITURAS
Quero ser lido
mas não necessariemente
ser entendido
sem necessariamente
ter um grande público
me basta despertar
a leitura
o olhar
o eu
mas não necessariemente
ser entendido
sem necessariamente
ter um grande público
me basta despertar
a leitura
o olhar
o eu
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
Trabalho
A poesia quando brota
no canteiro de obras
da burocracia
das normas técnica
da pressa para resultados
é cheia de seiva de indignação
de desejo do homem ser mais homem
e menos máquina
E a poesia
nesta modernidade
que mercantiliza o homem?
Na agenda
compromissos
que deixam de lado
a inspiração
A poesia
quer se fazer
no canteiro de obras
da burocracia
das normas técnica
da pressa para resultados
é cheia de seiva de indignação
de desejo do homem ser mais homem
e menos máquina
E a poesia
nesta modernidade
que mercantiliza o homem?
Na agenda
compromissos
que deixam de lado
a inspiração
A poesia
quer se fazer
sábado, 26 de setembro de 2009
Caminhada
Quanto o caminhar da vida
Entra em veredas, ladeiras
Com chuvas e neblinas
Quem realmente ta ao seu lado?
Quem são seus amigos?
Pois o sol vai demorar aparecer
A estrada está à centena de passos
E neste mundo as avenidas
Estão se tornando estas veredas
As escadas do seu edifício, as ladeiras
Com chuvas de salivas
De discursos de hipocrisia
Em meio a neblina de fumaça
nas cidades
de muitos humanos
e pouca humanidade
Quem está ao seu lado?
Quem são seus amigos?
De uma balada?
De um copo de cerveja?
De uma transa?
Uma turma da noite?
Na madrugada
Ele foi para a balada
cervejas, trasou
na avenida
tudo ficou neblinado
e molhado de sangue
ele foi deixado
na escadaria do hospital
Agora a cada passo uma conquista
Agora a turma careta, do dia
Leva ele para se aquecer ao sol
No amanhecer e entardecer
Que demoram chegar
Sua mãe, seu pai, irmãos, namorada
Sempre chegam na hora que ele precisa
Entra em veredas, ladeiras
Com chuvas e neblinas
Quem realmente ta ao seu lado?
Quem são seus amigos?
Pois o sol vai demorar aparecer
A estrada está à centena de passos
E neste mundo as avenidas
Estão se tornando estas veredas
As escadas do seu edifício, as ladeiras
Com chuvas de salivas
De discursos de hipocrisia
Em meio a neblina de fumaça
nas cidades
de muitos humanos
e pouca humanidade
Quem está ao seu lado?
Quem são seus amigos?
De uma balada?
De um copo de cerveja?
De uma transa?
Uma turma da noite?
Na madrugada
Ele foi para a balada
cervejas, trasou
na avenida
tudo ficou neblinado
e molhado de sangue
ele foi deixado
na escadaria do hospital
Agora a cada passo uma conquista
Agora a turma careta, do dia
Leva ele para se aquecer ao sol
No amanhecer e entardecer
Que demoram chegar
Sua mãe, seu pai, irmãos, namorada
Sempre chegam na hora que ele precisa
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
Descobrindo
Estou descobrindo
as graças e as desgraças da vida
no corpo, no copo
abismos e paraísos
mergulho na madrugada
na salivas, no suor
nas lagrimas
ainda estou descobrindo.
as graças e as desgraças da vida
no corpo, no copo
abismos e paraísos
mergulho na madrugada
na salivas, no suor
nas lagrimas
ainda estou descobrindo.
sábado, 29 de agosto de 2009
TRânsito
Não fica assim
e esqueça do que gritou com você
vamos ouvir Legião
pintar, escrever, cantar
cantar bem alto
os carros e motos
são auto falantes,
descargas nervosas
das pessoas
muitos jovens
morrem, morreram, morrerão
sei
muitos comentem
os mesmos erros
usam os carros e motos
como escape
e não escapam de si
de perder a vida
toda velocidade é agressividade
vamos lentamente trafegar por entre nós
e ganhar forças
para tentar frear
os desejos suicidas.
e esqueça do que gritou com você
vamos ouvir Legião
pintar, escrever, cantar
cantar bem alto
os carros e motos
são auto falantes,
descargas nervosas
das pessoas
muitos jovens
morrem, morreram, morrerão
sei
muitos comentem
os mesmos erros
usam os carros e motos
como escape
e não escapam de si
de perder a vida
toda velocidade é agressividade
vamos lentamente trafegar por entre nós
e ganhar forças
para tentar frear
os desejos suicidas.
Existência
Tem horas que bate um vazio
como se nada existisse
acho que é com todas as pessoas
a existência com flores,
sol família, amigos
deixa de existir
caímos em um galaxia
a anos luz de qualquer vestígio de vida
você, tu, nós, vós já se sentiu assim
é o querer humano
de sempre querer mais
mas não se consegue nada
só
e fazendo as mesmas coisas
se envolver para
a melhor existência de
pessoas
natureza
cultura
amor
paz
e o se envolver existindo com
paz
amor
cultura
natureza
pessoas
cultivará
fertilmente
o existir
como se nada existisse
acho que é com todas as pessoas
a existência com flores,
sol família, amigos
deixa de existir
caímos em um galaxia
a anos luz de qualquer vestígio de vida
você, tu, nós, vós já se sentiu assim
é o querer humano
de sempre querer mais
mas não se consegue nada
só
e fazendo as mesmas coisas
se envolver para
a melhor existência de
pessoas
natureza
cultura
amor
paz
e o se envolver existindo com
paz
amor
cultura
natureza
pessoas
cultivará
fertilmente
o existir
sábado, 8 de agosto de 2009
ACORDAR
Ao iniciar mais um dia
Não só acorde,
não desperte para o mundo
como geralmente se diz,
mas feche os olhos,
e olhe para dentro de si,
e sem dormir
veja de olhos
bem abertos
o quanto
seu EU
é um sonho
ou um pesadelo
para você
e para todos
que estão ao seu lado.
Daniel de Sá Aguiar
Não só acorde,
não desperte para o mundo
como geralmente se diz,
mas feche os olhos,
e olhe para dentro de si,
e sem dormir
veja de olhos
bem abertos
o quanto
seu EU
é um sonho
ou um pesadelo
para você
e para todos
que estão ao seu lado.
Daniel de Sá Aguiar
Ibiapaba
Fazendo uma leitura da atuação da companhia de Jesus no Brasil podemos visualizar em sua historia muitos relatos que destacam a missão da Ibiapaba, tal constatação nos dá uma amostra da importância da região que a partir de 1608 teve os primeiros contatos com os missionários do quais Pe. Antônio Vieira foi um grande defensor da missão na região, para combater segundo ele as praticas heréticas na região. A importância da Ibiapaba também é visualizada pelo Estado português que não queria perder o território para os franceses que aqui estavam e que fizeram “amizade” com os índios da Ibiapaba, e entre outros podemos citar: a suspeita de haver ouro na região e pela localização estratégica da Ibiapaba, no sentido de fazer fronteiras entre o maranhão e o Ceará além de ficar perto do mar, que era na época a via mais utilizada para a comunicação com mas outras regiões do Brasil e com o mundo. Assim vermos interesses da igreja e do Estado para com a Ibiapaba e estas duas instituições ( que ao longo da história andaram e ainda de certa forma andam juntas) se uniram para “civilizar” a Ibiapaba.
terça-feira, 28 de julho de 2009
Nós Dois
Os nosso passos
Que pensávamos
Que iam dar poucas
Passadas juntos
Se embrenharam
Em uma caminhada
Sem sabermos
O que nos conduz
É por esse mistério
E pela sincronia dos nossospassos
Que estamos andando juntos
Mesmo que aqui e acoláum pisar em falso
pois dada nossas limitações,
imperfeições e comprometimento com a realidade
estamos, estaremos engatilhando
no universo do gostar, do querer.
Daniel e Elineuda
Que pensávamos
Que iam dar poucas
Passadas juntos
Se embrenharam
Em uma caminhada
Sem sabermos
O que nos conduz
É por esse mistério
E pela sincronia dos nossospassos
Que estamos andando juntos
Mesmo que aqui e acoláum pisar em falso
pois dada nossas limitações,
imperfeições e comprometimento com a realidade
estamos, estaremos engatilhando
no universo do gostar, do querer.
Daniel e Elineuda
As cores
A palavra não era só som, era cor, odor e as vezes tinha textura leve e pesada , pois quando saiam da boca poderia vir carregada de toda a pureza ou impureza do ser.
domingo, 21 de junho de 2009
TIANGUÁ II
Depois de sair do Bardega Amauri (Didi)
Pela rua Poeta Lauro Menezes
Com doses de serrana e poesias
Em meio a casas, carros, sem poesia
E vou subindo na contra mão
Na rua Dep. Manoel Francisco
De encontro e me esbarrando de frente
Com a politicagem que sai da Câmara Municipal
que a maioria das leis são para dar nome as ruas
e conceder título de cidadão tianguaense
leis de muito desgaste intelectual, cientifico e político
pois os nomes nas ruas podem direcionar melhor a resolução
dos problemas da cidade
e os títulos de bajulação tianguaense
São a salvação, pois entre os bajulados
pode aparecer um salvador que venha
mudar meu sentimento de desencanto político
ou mesmo tempo que encanto com a neblina
que vai encobrindo as ruas.....
Pela rua Poeta Lauro Menezes
Com doses de serrana e poesias
Em meio a casas, carros, sem poesia
E vou subindo na contra mão
Na rua Dep. Manoel Francisco
De encontro e me esbarrando de frente
Com a politicagem que sai da Câmara Municipal
que a maioria das leis são para dar nome as ruas
e conceder título de cidadão tianguaense
leis de muito desgaste intelectual, cientifico e político
pois os nomes nas ruas podem direcionar melhor a resolução
dos problemas da cidade
e os títulos de bajulação tianguaense
São a salvação, pois entre os bajulados
pode aparecer um salvador que venha
mudar meu sentimento de desencanto político
ou mesmo tempo que encanto com a neblina
que vai encobrindo as ruas.....
domingo, 14 de junho de 2009
A Você
Quando te escrevo,
Descrevo-te
Faço uma escultura,
Pinto um quadro
Com palavras
Pois
se uma imagem
Vale por mil palavras
Uma palavra pode
Gerar em minha mente
Mil imagens
E com minhas
Palavras
Te vejo
Te pinto
e
Te sinto.
Descrevo-te
Faço uma escultura,
Pinto um quadro
Com palavras
Pois
se uma imagem
Vale por mil palavras
Uma palavra pode
Gerar em minha mente
Mil imagens
E com minhas
Palavras
Te vejo
Te pinto
e
Te sinto.
(Para minha Esposa Elineuda)
terça-feira, 2 de junho de 2009
O contexto das tendências historiográficas brasileiras
A construção da nossa historiografia se orienta pelo pensamento europeu e o Brasil do século XIX vai se embrenhar em um projeto nacionalista, ufanista ligada a construção da nacionalidade se faz presente na historiografia brasileira de forma a negar a historicidade das populações nativas e mostrar um texto histórico recheado de exclusão do outro, do que não se encontra em um processo de desenvolvimento ligado a racionalidade européia e soma-se a visão de muitos historiadores de olhar para o país de forma distanciada e como se falasse da corte de Portugal e do gabinete dos imperadores enquanto um destacado aqui (Sérgio Buarque de Holanda) vai trilhar outros caminhos historiográficos quebrando com o determinismo e com a o olhar ocultador de outros personagens agora considerados históricos. Assim nos propomos de forma bem sucinta evidenciar os discursos sobre a formação da mentalidade da identidade nacional que excluem negros e índios na sua originalidade e de como as produções historiográficas reforçaram e ainda ressoam nas atitudes e palavras e imagens discriminatórias e conseqüentemente antidemocráticas na sociedade brasileira contemporânea. Resumo de um Artigo para o Curso de Pós Graduação da Faculdade Farias Brito.
segunda-feira, 1 de junho de 2009
Ibiapaba: Origens Indígenas e Fundadores Europeus
Na maioria dos textos que lemos sobre a história da Ibiapaba e de suas cidades , temos o reforçar do mito fundador ligado a um personagem ou grupo branco europeu de forma a negar a presença histórica das populações indígenas que embora mostradas na literatura regionalista alencarina, esta etnia é apresentada de forma a adequar-se a cultura europeia, ou mesmo em estrutura monumental como os índios na cidade de São Benedito-Ce, que aparecem usando crucifixos.
Devemos ainda atentar para as produções textuais sobre as populações indígenas feitas pelos europeus, e, neste sentido a leitura destes materiais deve ser feita tendo o cuidado com os preconceitos, pois a cruz (igreja) e a espada (coroa portuguesa e francesa) desde o século XVII procuraram moldar os costumes dos Tabajaras e ainda hoje o legado europeu compromete uma visão desprovida de alteridade cultural.
Falar sobre a história, tanto de ruas, cidades, prédios da região da Ibiapaba é também refletir sobre os mitos fundadores e a disputa de memória, onde o próprio nome, culinária, artesanato, possuem origem indígena, mas contraditoriamente há um enaltecimento dos ditos “desbravadores” de mentalidade européia que nos vitimou a crescermos vendo os índios como “pano de fundo” da nossa cultura , ou mesmo enxergando sua “morte” cultural de forma a associar esta realidade aos dizeres de Walter Benjamin, filósofo, crítico literário e ensaísta alemão de origem judaica que reflete em seu texto sobre o conceito de história: “Nunca houve um monumento da cultura que não fosse também um monumento da barbárie.
Devemos ainda atentar para as produções textuais sobre as populações indígenas feitas pelos europeus, e, neste sentido a leitura destes materiais deve ser feita tendo o cuidado com os preconceitos, pois a cruz (igreja) e a espada (coroa portuguesa e francesa) desde o século XVII procuraram moldar os costumes dos Tabajaras e ainda hoje o legado europeu compromete uma visão desprovida de alteridade cultural.
Falar sobre a história, tanto de ruas, cidades, prédios da região da Ibiapaba é também refletir sobre os mitos fundadores e a disputa de memória, onde o próprio nome, culinária, artesanato, possuem origem indígena, mas contraditoriamente há um enaltecimento dos ditos “desbravadores” de mentalidade européia que nos vitimou a crescermos vendo os índios como “pano de fundo” da nossa cultura , ou mesmo enxergando sua “morte” cultural de forma a associar esta realidade aos dizeres de Walter Benjamin, filósofo, crítico literário e ensaísta alemão de origem judaica que reflete em seu texto sobre o conceito de história: “Nunca houve um monumento da cultura que não fosse também um monumento da barbárie.
domingo, 31 de maio de 2009
Bem Adolescente
Quando passa você
ultrapassa a barreira do som
a linha do tempo
pois volto a ser aquele adolescente
e ouvir aquelas musicas apaixonadas
quando você volta
volto a aquele frio na barriga
aquela coisa bem adolescente. Daniel
ultrapassa a barreira do som
a linha do tempo
pois volto a ser aquele adolescente
e ouvir aquelas musicas apaixonadas
quando você volta
volto a aquele frio na barriga
aquela coisa bem adolescente. Daniel
segunda-feira, 18 de maio de 2009
A vida do outro é sempre melhor!
As pessoas têm uma dificuldade imensa em falar de si próprias e isso é normal, do ponto de vista que muitas ainda não se conhecem, ou pelo menos tentam esconder aquilo que está lá no íntimo de cada um. Acaba sendo mais fácil analisar os outros.Analisar a vida alheia é sempre mais interessante. A vida que o outro vive, as coisas (materiais) que os outros têm atrai a atenção de várias pessoas apegadas. Porém viver em sociedade é isso mesmo, é conviver com muitos outros seres humanos, que tomamos como modelos e vamos tentando adequar a vida que vivemos, para a vida que os outros esperam que tenhamos.
Talvez isso seja um costume ainda maior dos brasileiros, talvez isso explica porque assistimos tanta novela, reality shows, lemos tablóides de famosos, temos Orkut, e toda essa besteirada que está na televisão e na impressa de futilidades. Acabamos achando tudo isso normal, e não pensamos o quanto isso influencia e muda os nossos costumes. Acabamos esquecendo da nossa própria cultura, das coisas que estão na nossa vida cotidianamente para, viver uma realidade paralela e sermos teleguiados. Somos incapazes de ler ou escrever alguma coisa, fazer algo produtivo, trabalhar, ajudar alguém, porque estamos muito ocupados com a vida alheia. E nem adianta dizer: “Eu estou livre desse mal”. Cedo ou tarde percebemos que estamos intrinsecamente ligados a essas doses de inutilidades diárias.
Realmente, pensar cansa! Produzir algo de importante ou algo que nos deixe ocupados com a nossa própria vida é muito difícil e ser feliz vivendo assim, é quase impossível. Tentemos nos ocupar de nós mesmos, para assim sermos melhores com os outros. A vida do outro nem sempre é aquilo que pensamos ser, talvez a minha ou a sua é muito mais interessante.
Gleiciane Marques de Farias (Professora)
Talvez isso seja um costume ainda maior dos brasileiros, talvez isso explica porque assistimos tanta novela, reality shows, lemos tablóides de famosos, temos Orkut, e toda essa besteirada que está na televisão e na impressa de futilidades. Acabamos achando tudo isso normal, e não pensamos o quanto isso influencia e muda os nossos costumes. Acabamos esquecendo da nossa própria cultura, das coisas que estão na nossa vida cotidianamente para, viver uma realidade paralela e sermos teleguiados. Somos incapazes de ler ou escrever alguma coisa, fazer algo produtivo, trabalhar, ajudar alguém, porque estamos muito ocupados com a vida alheia. E nem adianta dizer: “Eu estou livre desse mal”. Cedo ou tarde percebemos que estamos intrinsecamente ligados a essas doses de inutilidades diárias.
Realmente, pensar cansa! Produzir algo de importante ou algo que nos deixe ocupados com a nossa própria vida é muito difícil e ser feliz vivendo assim, é quase impossível. Tentemos nos ocupar de nós mesmos, para assim sermos melhores com os outros. A vida do outro nem sempre é aquilo que pensamos ser, talvez a minha ou a sua é muito mais interessante.
terça-feira, 5 de maio de 2009
Rezadeiras: da medicina oficial a cura pela fé
Diante do acesso aos conhecimentos científicos através dos meios de comunicação no campo da medicina e da presença (mesmo que precária) da medicina oficial nas comunidades tradicionais esta não deixa de lado suas tradições e costumes historicamente construídos como no caso das rezadeiras em Tianguá-Ce em que a cidade ao longo das ultimas décadas vem crescendo suas possibilidades de atendimento público e particular no campo da medicina oficial que segundo as rezadeiras não afetou a procura pelos seus conhecimentos, e temos o “uso” das rezadeiras como estratégia dos representantes da medicina oficial para se aproximar da comunidade, tendo em vista que a formação das rezadeiras se fazem no cotidiano comunitário e nas relações de confraternização, carência e imaginário popular em torno da cura.
quinta-feira, 30 de abril de 2009
Energia
Ao levantar-se da cama logo cedo, foi olhar o computador que ficou ligado toda à noite e ver os arquivos que tinha baixado e entre outros iniciou a leitura de um livro, imaginava que seria uma leitura com um estudo místico complexo e que esta energia revelaria algo psicológico do ser humano que ainda não havíamos assistido ou ouvido. Mas a energia é pensar que não há segredo e que tudo depende do pensamento positivo e esta é a energia, pois diante das catástrofes do mundo e das nossas, somando as ranhuras do dia a dia o otimismo anda um tanto em baixa, e daí a leitura do livro vai lhe injetar mais energia e cada vez mais ele se alimenta pelas brisas, pelas folhas que caem perto dele, o otimismo de algumas pessoas e mesmo com a lei da gravidade e a gravidade dos fatos ele se eleva, fica leve e desaparece para o peso do Ser. Daniel de Sá Aguiar
domingo, 26 de abril de 2009
Bem adolescente cont (II)
E transformar tudo em mentira
Sentir a caricia, o corpo e com camisinha
Vestir-se de prazer
Acordar único feliz, o único infeliz
E no espelho a ressaca física, nas lágrimas
A ressaca sentimental, moral
O que não fiz, o que deixei de fazer
A parte do corpo que toquei, que deixei tocar.
E transformar tudo em mentira
Sentir a caricia, o corpo e com camisinha
Vestir-se de prazer
Acordar único feliz, o único infeliz
E no espelho a ressaca física, nas lágrimas
A ressaca sentimental, moral
O que não fiz, o que deixei de fazer
A parte do corpo que toquei, que deixei tocar.
sábado, 25 de abril de 2009
O Que faz e o que nos fazem Historiadores
O historiador não é um operário em uma linha de montagem fordista onde deve montar e remontar o passado de forma agradar os que possuem um certo poder para interferir na dinâmica da fabricação. O historiado é o viajante quase sem destino, pois a sua investigação pode lhe lavar para diversos caminhos de inteligibilidade do passado.
A relação com a história segundo Eric Hobsbawm em Era dos extremos, o breve século XX , vem ficando mais distante e assim os motivos mais “gostosos” que nos fazem historiadores estão ficando cada vez mais distantes dos jovens e os historiadores possuem uma responsabilidade no sentido de enxergar que:
A destruição do passado — ou melhor, dos mecanismos sociais que vinculam nossa experiência pessoal à das gerações passadas — é um dos fenômenos mais característicos e lúgubres do final do século XX. Quase todos os jovens de hoje crescem numa espécie de presente contínuo, sem qualquer relação orgânica com o passado público da época em que vivem. Por isso os historiadores, cujo ofício é lembrar o que outros esquecem, tomam-se mais importantes que nunca no fim do segundo milênio. Por esse mesmo motivo, porém, eles têm de ser mais que simples cronistas, memorialistas e compiladores.
O que nos faz historiador é a responsabilidade não deixar que o gosto pelo passado seja trocado pelo consumismo sem referencial nos processos de identidades e do universo simbólico que nos direciona para respostas da nossa realidade e este presente contínuo causa uma perca de referencial nos jovens que vemos um tanto sem perspectivas diante do presente e do futuro. (Parte de um artigo : O Que nos Faz Historiador)
A relação com a história segundo Eric Hobsbawm em Era dos extremos, o breve século XX , vem ficando mais distante e assim os motivos mais “gostosos” que nos fazem historiadores estão ficando cada vez mais distantes dos jovens e os historiadores possuem uma responsabilidade no sentido de enxergar que:
A destruição do passado — ou melhor, dos mecanismos sociais que vinculam nossa experiência pessoal à das gerações passadas — é um dos fenômenos mais característicos e lúgubres do final do século XX. Quase todos os jovens de hoje crescem numa espécie de presente contínuo, sem qualquer relação orgânica com o passado público da época em que vivem. Por isso os historiadores, cujo ofício é lembrar o que outros esquecem, tomam-se mais importantes que nunca no fim do segundo milênio. Por esse mesmo motivo, porém, eles têm de ser mais que simples cronistas, memorialistas e compiladores.
O que nos faz historiador é a responsabilidade não deixar que o gosto pelo passado seja trocado pelo consumismo sem referencial nos processos de identidades e do universo simbólico que nos direciona para respostas da nossa realidade e este presente contínuo causa uma perca de referencial nos jovens que vemos um tanto sem perspectivas diante do presente e do futuro. (Parte de um artigo : O Que nos Faz Historiador)
Blog Tianguá
Acessem o blog http://tianguaensidade.blogspot.com da professora Nilene Portela grande estudiosa do cotidiano da cidade, fundadora da casa da memória de Tianguá e possui um rico curriculo na área da educação e cultura.
quinta-feira, 23 de abril de 2009
Rouba mas Faz
A história do político que rouba, mas que faz, é uma piada, pois você não vai dizer isso em relação ao seu advogado, médico, mecânico do seu carro, a sua empregada domestica, ao seu pedreiro, eletricista.... Por qual motivo só os político tem o privilegio desta consideração? Tendo em vista que o prejuízo causado por um político em uma cidade é superior a de muitos profissionais. E aí? Você gosta de ser roubado? Ou você perdoa pois, é só porque toda a gente é tão estúpida Que há necessidade de alguns tão inteligentes. Ou será que Governar só é assim tão difícil porque a exploração e a mentira São coisas que custam a aprender?(Bertolt Brecht)
Daniel de Sá Aguiar
Tianguá I
Moro na Rua Capitão Odilon Aguiar
nome muito pesado para um poema
vou em direção a Avenida Prefeito Jackes Nunes
com o mesmo sentimento
pego a rua 31 de julho
com o sentimento de que o povo
não participou, não se emancipou
agora ando pela 12 de agosto
com a mesma convicção
entro no Bardega Didi (Amauri)
peço uma cachaça serrana medicinal
mas
mas voltado para a Rua Poeta Lauro Menezes
que suaviza o autoritarismo das suas ruas.
(Daniel de Sá Aguiar)
Tianguá-Ce
Tianguá se localizada na chapada da Ibiapaba no oeste do Estado do Ceará e dista 320km de Fortaleza, e tendo uma história ligada a ocupação portuguesa jesuítica no século XVII, sendo Tianguá local de passagem de índios Tabajaras que circulavam entre as aldeias de Ibiapina e Viçosa do Ceará, freguesia da qual eramos pertencentes. Em 1869 passamos a ser distrito criado com a denominação de Barrocão, e elevado à categoria de vila com denominação de Barrocão, em 31-07-1890, nos desmembrando de Viçosa do Ceará, se constituiu a Sede no núcleo de Barrocão, e no mesmo ano passamos a nos denominarmos de Tianguá.
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